Com a evolução dos processos produtivos agrícolas, demonstrada principalmente pela presença cada vez maior da irrigação e a crescente demanda por água, acompanhada pela sua escassez (distâncias cada vez maiores), há necessidade de projetar instalações que possam proporcionar fornecimento de água com maior rapidez e eficiência. Sendo assim, a presença de bombas hidráulicas num projeto de irrigação ou abastecimento de água para pequenas comunidades, é de suma importância, e o conhecimento das partes fundamentais ao seu bom funcionamento merece a devida atenção e cuidado. Bombas hidráulicas são máquinas de fluxo, cuja função é fornecer energia para a água, a fim de recalcá-la (elevá-la), através da conversão de energia mecânica de seu rotor proveniente de um motor a combustão ou de um motor elétrico. Desta forma, as bombas hidráulicas são tidas como máquinas hidráulicas geradoras.
1. PARTES PRINCIPAIS DE UMA
INSTALAÇÃO DE BOMBEAMENTO
FIGURA 1- Representação das partes de uma instalação
2. CLASSIFICAÇÕES MAIS
IMPORTANTES DE BOMBAS HIDRÁULICAS
2.1 TRAJETÓRIA DO FLUIDO
a) Bombas radiais ou
centrífugas: sua característica básica é trabalhar com pequenas vazões a
grandes alturas, com predominância de força centrífuga; são as mais utilizadas
atualmente.
b) Bombas axiais: trabalha
com grandes vazões a pequenas alturas.
c) Bombas diagonais ou de
fluxo misto: caracterizam-se pelo recalque de médias vazões a médias alturas,
sendo um tipo combinado das duas anteriores.
2.2 POSICIONAMENTO DO EIXO
a) Bomba de eixo vertical: utilizada em poços
subterrâneos profundos.
b) Bomba de eixo horizontal:
é o tipo construtivo mais usado.
2.3 POSIÇÃO DO EIXO DA BOMBA EM RELAÇÃO AO NÍVEL DA ÁGUA
a) Bomba
de sucção positiva: quando o eixo da bomba situa-se acima do nível do
reservatório.
b)
Bomba de sucção negativa ("afogada"): quando o eixo da bomba situa-se
abaixo do nível do reservatório.
3. PERDA
DE CARGA E ALTURA MANOMÉTRICA
3.1 ALTURA
MANOMÉTRICA DA INSTALAÇÃO
É
definida como sendo a altura geométrica da instalação mais as per[1]das
de carga ao longo da trajetória do fluxo. Altura geométrica é a soma das
alturas de sucção e recalque. Fisicamente, é a quantidade de energia hidráulica
que a bomba deverá fornecer à água, para que a mesma seja recalcada a uma certa
altura, vencendo, inclusive, as perdas de carga.
A altura manométrica é descrita pela seguinte equação:
Hm = HG + hf (1)
sendo
Hm= altura manométrica da instalação (m);
HG=
altura geométrica (m); hf= perda de carga total (m) .
FIGURA 3 - Representação das alturas de sucção e recalque em uma instalação.
4. PERDA DE CARGA
Perdas de carga referem-se à
energia perdida pela água no seu deslocamento por alguma tubulação. Essa perda de
energia é provocada por atritos entre a água e as paredes da tubulação, devido
à rugosidade da mesma. Portanto, ao projetar uma estação de bombeamento,
deve-se considerar essa perda de energia. São classificadas em 2 tipos: -
Perdas de carga contínuas: São aquelas relativas às perdas ao longo de uma
tubulação, sendo função do comprimento, material e diâmetro. - Perdas de carga
acidentais: São aquelas proporcionadas por ele[1]mentos que compõem a tubulação, exceto a
tubulação propriamente dita. Portanto, são perdas de energia observadas em
peças como, curvas de 90° ou 45° , registros, válvulas, luvas, reduções e
ampliações. Para o cálculo da perda de carga total, normalmente trabalha-se com
o método dos comprimentos equivalentes, ou seja, através de tabelas, convertendo-se
a perda acidental em perda de carga equivalente a um determinado comprimento de
tubulação. Isso significa que, ficticiamente, seria como substituir, por
exemplo, uma curva de 90° por um comprimento de tubo, e a perda de carga
contínua nesse comprimento equivale à perda localizada na curva.
Matematicamente, define-se
perda de carga como sendo:
hf1-2 =J. Le
sendo:
hf1-2 = perda de
carga entre os pontos 1 e 2 de uma instalação (m);
J = perda de carga unitária
(m/m);
Le = comprimento equivalente
da tubulação
5. CAVITAÇÃO
Cavitação é um fenômeno semelhante à ebulição, que pode ocorrer na água durante um processo de bombeamento, provocando estragos, principalmente no rotor e palhetas e é identificado por ruídos e vibrações.
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